quinta-feira, 21 de março de 2013


Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro já tem Big Brother nas viaturas


Após três anos de Lei que obriga o uso, ‘Big Brother’ da PM começa a funcionar: cem carros da corporação já testam câmeras que gravam a ação dos policiais 24 horas por dia


Beltrame mostra uma das câmeras

Rafael Soares - http://extra.globo.com

Já utilizada em larga escala por polícias de países europeus e dos Estados Unidos, a "espiadinha" também já chegou à PM do Rio. Desde janeiro, 100 viaturas dos batalhões de São Gonçalo e Niterói já circulam com câmeras, que registram ações policiais 24h por dia. Do batalhão, o comandante pode escolher entre assistir às operações ao vivo via 3G ou esperar o carro voltar à base e ver as imagens gravadas em alta definição.



O sistema, que vai chegar a todos os batalhões do estado e a 2 mil viaturas, custou R$ 18 milhões e é de última geração: grava em áudio e vídeo, mostra imagens noturnas e também registra a localização da viatura e a rota que traçou em um mapa. Todo o investimento tem uma justificativa: transparência.
— Não vai pairar dúvidas sobre o que acontece durante ações policiais — conta o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, que, da sua sala, vai ter acesso a câmeras de qualquer viatura.
Apesar de 61 viaturas do 7º BPM, em São Gonçalo, e 38 do 12º BPM, em Niterói, já circularem com os kits de duas câmeras, antena de transmissão e um gravador, o sistema ainda está em fase de testes antes de ser replicado para outros batalhões.
— Ainda estamos vendo qual a melhor solução técnica para a transmissão ao vivo: ela trava muito. Outro problema é o armazenamento, que é caro. Cada batalhão só armazena dois meses de gravações. Vamos expandir isso para criar um banco de dados — explica Edval Novaes, subsecretário de Modernização Tecnológica.

Lei cobra filmagens
O uso de câmeras nas viaturas já é previsto por lei desde dezembro de 2010. Na ocasião, deputados aprovaram o Projeto de Lei 1.625-A/08, de Gilberto Palmares (PT), que obriga a instalação de câmeras nas viaturas da PM. Em sua sustentação do projeto, que havia sido vetado pelo governador Sérgio Cabral, ele afirmou que a lei evitaria "abusos de poder" por parte de policiais.
Além de serem exigência legal, as filmagens também serão utilizadas pela PM de forma didática:
— Pretendo usar as gravações como forma de demonstrar como queremos que se faça polícia, como estudo de caso. Na próxima formatura de policiais, imagens vão ser mostradas como exemplo de abordagem — afirma o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Luiz Eduardo dos Santos.
Os próximos batalhões a receber a novidade serão Mesquita, Rocha Miranda e Irajá. Eles foram definidos pelo comando da corporação pela quantidade de ocorrências registradas.

Duas câmeras
Cada viatura vai circular com duas câmeras: uma no teto, voltada para a frente do veículo, e outra no painel, que mostra a movimentação dos policiais dentro do carro.

Áudio e vídeo
As câmeras gravam áudio e vídeo. As gravações, em alta qualidade, são armazenadas em um gravador dentro do veículo e são descarregadas, via wi-fi, quando o carro entra no batalhão. Cada unidade tem equipamento para armazenar 16 teras de memória.

Ações ao vivo
Quando o comandante do batalhão desejar, há a possibilidade de as imagens serem transmitidas dos carros em tempo real, via 3G. Nesse caso, a resolução da imagem não é tão boa.





Big Brother na PM


Cem viaturas da Polícia Militar já circulam com câmeras que captam imagens em alta definição. Trinta e nove carros do 12° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Niterói e 61 do 7° BPM (São Gonçalo) testam, há uma semana, os equipamentos que registram as ações dos policiais durante 24 horas por dia. A previsão é de que, até o fim do ano, dois mil veículos de todos os batalhões do estado ganhem os kits de videomonitoramento. Investimento de R$ 18 milhões.
 As duas câmeras instaladas em cada viatura gravam até imagens noturnas, além de registrar a rota e localização das equipes da corporação. O comandante do batalhão ou o comando da Polícia Militar poderão assistir às movimentações em tempo real, via 3G. Todo material capturado também é transmitido via wi-fi para um sistema de armazenamento da corporação, onde ficará arquivado por 60 dias.
“Estamos em fase de implantação, fazendo os diagnósticos técnicos para identificar quais são as melhores antenas de recepção. Precisamos ter o melhor resultado na taxa de transferência de dados, além de testar toda a estrutura de equipamentos que ficam no batalhão. Não é só instalar a câmera”, afirmou Edval Novaes, subsecretário de Modernização Tecnológica, da Secretaria de Segurança.
 Monitoramento
A Polícia Militar ainda está avaliando de que forma o acompanhamento das imagens será realizado. Além de trazerem mais transparência ao trabalho policial, as imagens serão utilizadas em treinamentos de equipes.
“As câmeras trazem transparência e servem também de segurança para o PM, que pode ser acusado de algo que não cometeu. Vamos registrar toda a atuação deles e usar as imagens para replicar experiências, tanto boas como ruins, mostrando quando agiram corretamente ou instruindo de que forma deveriam ter se posicionado”, explicou Novaes. http://sospoliciaismilitares.blogspot.com.br/2013/03/big-brother-na-pm.html

Investimento
O processo de instalação das câmeras e base tecnológica nos batalhões, cujo investimento foi de R$ 18 milhões, vai continuar durante o ano até alcançar as duas mil viaturas. Considerando o número de registro de ocorrências, o 20° BPM (Mesquita), o 41° BPM (Irajá) e o 9° BPM (Rocha Miranda) serão os próximos a receber os equipamentos após a fase de testes.

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