Engenhão: Relatório de 2006 já indicava falha na estrutura
- Documento apontava distorções e deformidades causadas durante a construção do estádio
RIO- Os relatórios de 2006 feitos pela Alpha Engenharia, empresa responsável pelo projeto básico da cobertura do Engenhão, já indicavam problemas na estrutura do estádio durante a sua construção. O Engenhão foi entregue ao Comitê Local dos Jogos Pan-Americanos de 2007, a apenas um mês da competição, já com os danos estruturais que hoje levaram à prefeitura do Rio a interditá-lo, de acordo com o documento.
— A estrutura do estádio é muito arrojada. Por isso, já naquela época, recomendávamos o reforço estrutural nas tesouras quando foram identificadas essas mesmas deformações — afirmou o engenheiro Flávio d’Alambert, que assinou os relatórios de 2006 e também o de 2007, que apresentava a mesma solução divulgada pela prefeitura na sexta-feira.
Pelos documentos da época, aos quais O GLOBO teve acesso, ainda foram detectadas peças mal colocadas e fora do padrão da estrutura, que apesar de identificadas durante a obra não teriam sido substituídas.
Logo após a inauguração, os engenheiros recomendaram um reforço estrutural para corrigir os erros encontrados nos setores Oeste, Leste e Sul.
— Pedimos também que fosse feito um acompanhamento da cobertura e nos comunicassem. Isso nunca aconteceu. Não houve qualquer monitoramento de como veio se comportando essa estrutura. Em 2007, o estádio não apresentava risco algum e (na época) não precisaria ser fechado para a reforma — disse d’Alambert.
Embora tenha o mesmo parecer de três relatórios solicitados pela prefeitura (o de 2007 e outros dois de 2009 e 2010), apenas o laudo apresentado pela empresa alemã SBP, em março, aponta o risco de queda da cobertura do Engenhão. A SBP foi contratada após o impasse causado pelo laudo de 2010, que indicava que a cobertura poderia ser abalada em casos de ventos acima de 115km/h.
Prefeitura contesta
Na semana passada, a prefeitura apresentou o reforço estrutural como solução. Entretanto não apresentou o relatório final que conclui a necessidade de obra, não justificou o tempo fechado e não definiu custos. As fotos apresentadas pela prefeitura são semelhantes às dos relatórios assinados pelos engenheiros da Alpha, Tiago Abecasis, d’Alambert e Jéferson Andrade.
Um dos relatórios da Alpha, o de 2007 afirma que “ligações com parafusos não instalados, peças não montadas, porcas não montadas e parafusos com comprimento insuficientes, peças empenadas e chapas torcidas” foram encontrados. Estas informações mostram que, ao contrário do que defendem os responsáveis pelo fechamento do estádio, podem ter havido erros de execução.
— É sabido que a o cobertura do Engenhão foi feita às pressas, pois estávamos muito próximos do Pan- Americano. Nenhuma obra deste porte deve ser feita com um tempo tão curto — disse d’Alambert.
O engenheiro garante que, em 2007, o estádio não precisaria ser fechado. Caso fosse necessário uma interdição naquela época, o Rio não ficaria sem estádio. O Maracanã só fechou para a reforma em 2010. Os clubes cariocas teriam onde jogar até a abertura de um estádio e o fechamento de outro.
Em nota a prefeitura voltou a afirmar que o erro foi de cálculo e que vem acompanhando desde 2007 a evolução da cobertura. “O monitoramento de rotina realizado pelo consórcio teve continuidade e detectou falhas na cobertura do estádio, que poderiam oferecer risco à segurança dos frequentadores em determinadas condições. O laudo técnico embasa a recomendação de interdição estádio. Conforme apresentado, o erro não é de execução e sim de cálculo.”
No outro dia eu perguntei no fórum aonde foi que eles fizeram faculdades, também depois disso não ganhei nenhuma causa, até às causas que própria empresa disse estava certo. Juiz passou julgar tudo improcedente kkkkk
Bom aonde será faculdades dos grandes Engenheiro do grande Engenhão kkkkkkk
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