Polícia Militar RJ Fardados dançando Funk na Televisão ?
TERÇA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2013
Secretário José Mariano Beltrame humilha PM's, e os obriga a dançar funk no programa Esquenta da Rede Globo
Barbaridade !!!
Recebi vários e-mail's de PM's indignados com essa humilhação.
Era só o que faltava, Beltrame humilhar PM's para fazer o seu "joguinho político" junto com a do seu chefe Sérgio Cabral !!!
Reprodução do site Rio Acima
Recebi vários e-mail's de PM's indignados com essa humilhação.
Era só o que faltava, Beltrame humilhar PM's para fazer o seu "joguinho político" junto com a do seu chefe Sérgio Cabral !!!
Reprodução do site Rio Acima
Eu custei a acreditar no que via, PMs fardados dançando funk no programa Esquenta, da Globo, apresentado pela Regina Casé. Também estava lá o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que deve ser candidato a vice de Luis Fernando Pezão, na próxima eleição para o governo do estado do Rio. Pezão, para quem não sabe, atualmente é vice do governador Sérgio Cabral.
Como se vê, a campanha de Beltrame e Pezão está esquentando, com a valorosa contribuição da emissora amiga. O prefeito Eduardo Paes, outro amigo da casa, estava representado pela comissão de garis sambistas, devidamente uniformizados.
O programa, sucesso de audiência, é um festival pictórico, com todos os participantes fixos vestidos de arco-íris. Regina faz o de sempre, o que faz desde o grupo teatral Asdrúbal trouxe o Trombone (ou seria Trompete?), aquele que todo mundo incensa mas pouca gente viu em cena. Beltrame deve ter adorado quando a apresentadora puxou-o para o centro do palco com a esposa para que sambassem (ela não perde essa mania). Mas, como dizia aquele presidente do Corinthians, "quem tá na chuva é pra se queimar". A cara produção dominical é um arremedo do antigo Cassino do Chacrinha (apresentador que por sinal profetizou há décadas que na TV "nada se cria, tudo se copia").
O mais cômico foram os "toques" da Regina sobre os cuidados que as adolescentes devem ter para não engravidarem. Logo depois, todas, inclusive as crianças, rebolaram até o chão, junto com os PMs, ao som de algo como "sou gostosa porque mamãe passou açúcar em mim". Isso é a TV comercial: uma contradição permanente entre o conteúdo da programação, que visa audiência custe o que custar, e a mensagem politicamente correta que, vez por outra, se procura passar; entre a isenção jornalística e a opção política dos grupos que controlam e financiam esse meio de comunicação de massa.
Aliás, o que não me sai da memória é a imagem dos policiais militares dançando funk com as garotas no palco. Não creio que tenha sido exatamente bom para a já desgastada imagem da PM do Rio. Ainda mais depois dos recentes confrontos com moradores e bandidos em favelas que já contam com Unidades de Polícia Pacificadora. Mas já que o chefe estava ali no palco, em pessoa, vendo tudo, todos procuraram dar o melhor de si. Beltrame gostou do comportamento da tropa, pelo sorriso que manteve nos lábios apesar do constrangimento visível de alguns de seus homens, exceto aquele com o uniforme cinza.
Sinceramente, acho que nem os episódios de violência policial e abusos de autoridade protagonizados pela PM nos últimos anos foram tão prejudiciais para a instituição do que o espetáculo surrealista da tarde deste domingo. Humanizar uma corporação com essa história pregressa vai muito além de levar um pelotão para participar de um show televisivo. Ainda mais como cabos eleitorais.
Os funkeiros presentes trataram de puxar a brasa para a sardinha deles e cobraram do secretário a liberação de mais bailes. Beltrame prometeu dar uma aliviada mas lembrou com razão dos moradores das comunidades que querem dormir e não podem com o som do batidão até as cinco ou seis da manhã, como era no tempo da liberdade irrestrita das quadrilhas de traficantes.
Apesar do governo catastrófico de Cabral nas áreas de transportes, educação e saneamento (vide Região Serrana e Baixada), Beltrame, agora com crachá de global, pode levar Pezão à vitória. Até porque a oposição no Rio praticamente inexiste, como mostrou o último pleito municipal na capital.
Sugiro até um nome para a chapa que une o vice-governador e o chefe da polícia:
Coligação Pezão na Porta do Barraco.
Como se vê, a campanha de Beltrame e Pezão está esquentando, com a valorosa contribuição da emissora amiga. O prefeito Eduardo Paes, outro amigo da casa, estava representado pela comissão de garis sambistas, devidamente uniformizados.
O programa, sucesso de audiência, é um festival pictórico, com todos os participantes fixos vestidos de arco-íris. Regina faz o de sempre, o que faz desde o grupo teatral Asdrúbal trouxe o Trombone (ou seria Trompete?), aquele que todo mundo incensa mas pouca gente viu em cena. Beltrame deve ter adorado quando a apresentadora puxou-o para o centro do palco com a esposa para que sambassem (ela não perde essa mania). Mas, como dizia aquele presidente do Corinthians, "quem tá na chuva é pra se queimar". A cara produção dominical é um arremedo do antigo Cassino do Chacrinha (apresentador que por sinal profetizou há décadas que na TV "nada se cria, tudo se copia").
O mais cômico foram os "toques" da Regina sobre os cuidados que as adolescentes devem ter para não engravidarem. Logo depois, todas, inclusive as crianças, rebolaram até o chão, junto com os PMs, ao som de algo como "sou gostosa porque mamãe passou açúcar em mim". Isso é a TV comercial: uma contradição permanente entre o conteúdo da programação, que visa audiência custe o que custar, e a mensagem politicamente correta que, vez por outra, se procura passar; entre a isenção jornalística e a opção política dos grupos que controlam e financiam esse meio de comunicação de massa.
Aliás, o que não me sai da memória é a imagem dos policiais militares dançando funk com as garotas no palco. Não creio que tenha sido exatamente bom para a já desgastada imagem da PM do Rio. Ainda mais depois dos recentes confrontos com moradores e bandidos em favelas que já contam com Unidades de Polícia Pacificadora. Mas já que o chefe estava ali no palco, em pessoa, vendo tudo, todos procuraram dar o melhor de si. Beltrame gostou do comportamento da tropa, pelo sorriso que manteve nos lábios apesar do constrangimento visível de alguns de seus homens, exceto aquele com o uniforme cinza.
Sinceramente, acho que nem os episódios de violência policial e abusos de autoridade protagonizados pela PM nos últimos anos foram tão prejudiciais para a instituição do que o espetáculo surrealista da tarde deste domingo. Humanizar uma corporação com essa história pregressa vai muito além de levar um pelotão para participar de um show televisivo. Ainda mais como cabos eleitorais.
Os funkeiros presentes trataram de puxar a brasa para a sardinha deles e cobraram do secretário a liberação de mais bailes. Beltrame prometeu dar uma aliviada mas lembrou com razão dos moradores das comunidades que querem dormir e não podem com o som do batidão até as cinco ou seis da manhã, como era no tempo da liberdade irrestrita das quadrilhas de traficantes.
Apesar do governo catastrófico de Cabral nas áreas de transportes, educação e saneamento (vide Região Serrana e Baixada), Beltrame, agora com crachá de global, pode levar Pezão à vitória. Até porque a oposição no Rio praticamente inexiste, como mostrou o último pleito municipal na capital.
Sugiro até um nome para a chapa que une o vice-governador e o chefe da polícia:
Coligação Pezão na Porta do Barraco.
Beltrame e sra. gostaram do desempenho da tropa |
http://ricardo-gama.blogspot.com.br/2013/01/secretario-jose-mariano-beltrame.html
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